quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Obesidade e sedentarismo podem explicar desenvolvimento de resistência insulínica com idade

Resistência insulínica não é uma característica inerente da idade, mas, sim, um resultado da obesidade e do sedentarismo, de acordo com uma publicação da revista Diabetes Care.

“Uma vez que a prevalência da diabetes tipo 2 é maior entre os idosos, tem-se sugerido que a idade está associada à resistência insulínica”, declarou Dr. Bret H. Goodpaster, da University of Pittsburgh, Pensilvânia, ao Reuters Health. "A pergunta chave que o nosso artigo aborda, de maneira inédita, é se a resistência insulínica consiste ou não em uma característica fundamental da idade ou em um resultado de estilos de vida ligados ao envelhecimento, tais como sedentarismo e obesidade”.

Segundo Dr. Goodpaster, a maior parte dos estudos sugere que a resistência insulínica é um aspecto característico do envelhecimento. Ele acrescentou que os poucos trabalhos sugerindo o contrário não consideraram atividade física ou incluíram apenas voluntários apresentando pesos dentro da normalidade.

No presente estudo, Dr. Goodpaster e colaboradores avaliaram a resistência insulínica em pacientes jovens e idosos, pareados por nível de obesidade e de atividade física crônica.

Através da glicemia capilar, comparou-se a sensibilidade à insulina em sete atletas de resistência, em 12 atletas idosos, em 11 jovens sedentários não obesos, em 10 idosos sedentários com peso normal e em 30 obesos e sedentários, sendo 15 destes, idosos, e 15 jovens. Os autores definiram sedentarismo como a prática de exercícios por menos de dois dias na semana.

Não houve diferenças na sensibilidade à insulina entre os atletas, sendo eles jovens e treinados para resistência, ou idosos; entre os jovens e idosos de peso normal; ou entre os obesos, tanto jovens, quanto idosos. Independentemente da idade, os atletas apresentavam maior sensibilidade insulínica do que os sedentários de peso normal. Ao mesmo tempo em que estes últimos eram mais sensíveis à insulina do que os obesos.

“Muitos de nossos adultos mais velhos apresentam uma crença comum de que algumas de suas morbidades, incluindo diabetes, ou ‘açúcar alto’, são meramente uma consequência inevitável do envelhecimento”, disse Dr. Goodpaster. “Infelizmente, alguns profissionais de saúde compartilham esta crença”.

Ele acrescentou, ainda, que os “resultados deste artigo e de trabalhos anteriores claramente demonstram que muitos aspectos da saúde decadente com a idade, incluindo a resistência insulínica, podem ser prevenidos ou, pelo menos, atenuados, por atividade física regular e manutenção de um peso saudável”.



Obesidade e sedentarismo podem explicar desenvolvimento de resistência insulínica com idade
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sábado, 26 de setembro de 2009

Patologia

pouco antes de iniciar os estudos, sempre gosto de fazer um resumo do conteúdo a ser estudado, ou mesmo, utilizar os conteúdos passados em slides dos professores. vou postar alguns resumos ou (slides dos professores) das últimas provas.

•As Adaptações celulares são Hiperplasia, Hipertrofia, Atrofia, Metaplasia.

Hiperplasia - significa um aumento no número de células de um órgão ou tecido, geralmente resultando em um aumento do seu volume.

Hipertrofia - se refere a um aumento no tamanho das células, é devido síntese de mais componentes estruturais, resultando em um aumento no tamanho do órgão.

Atrofia - a redução no tamanho da célula devido à perda de substância celular. Pode ser: atrofia fisiológica- comum durante as fases iniciais do desenvolvimento. Atrofia patológica - depende da causa e pode ser localizada ou generalizada. Causas mais comuns: diminuição da carga; perda da inervação; diminuição do suprimento sanguíneo; nutrição inadequada; perda da estimulação endócrina; envelhecimento; pressão.
Metaplasia - é uma alteração reversível na qual um tipo de célula adulta é substituída por outro tipo de célula adulta.

Necrose - é um tipo de morte celular que ocorre após estresses anormais como isquemia e lesão química, sendo sempre patológica.
Suas alterações podem ser: alteração da membrana plasmática; alterações mitocondriais; dilatação do retículo endoplasmático; alterações nucleares.
Características: tamanho da célula – aumentado (edema); Núcleo – Picnose -> cariorréxis -> cariólise.
Membrana Plasmática – danificada.
Conteúdo celular – digestão enzimática = pode extravasar para fora da célula;
Inflamação adjacente – freqüente;
Papel fisiológico ou patológico – invariavelmente patológico (a parte final da lesão celular irreversível).

Necrose de Coagulação – implica a preservação do contorno básico da célula por pelo menos alguns dias, o tecido afetado apresenta uma textura firme.

Necrose de Liquefação – é característica de infecções bacterianas focais ou, ocasionalmente, fúngicas, pois os microrganismos estimulam o acúmulo de células inflamatórias.

Necrose gangrenosa - é geralmente usado em relação a um membro.

Necrose caseosa – uma forma distinta de necrose de coagulação, é encontrada mais frequentemente em focos de tuberculose. O termo é derivado da aparência macroscópica semelhante a queijo branco da área de necrose.

Necrose gordurosa – é um termo bem aceito no meio médico, mas na realidade não identifica um padrão específico de necrose.

Apoptose – é uma via de morte celular que é induzida por um programa intracelular altamente regulado, no qual as células destinadas a morrer ativam enzimas que degradam seu DNA nuclear e as proteínas citoplasmáticas.
Características da apoptose – tamanho da célula – reduzido (encolhe).
Núcleo – fragmentação em partículas do tamanho de nucleossomos.
Membrana plasmática – intacta: a estrutura está alterada, especialmente a orientação dos lipídios.
Conteúdo celular – intactos: podem ser liberados na forma de corpos apoptóticos.
Inflamação adjacente – não.
Papel fisiológico ou patológico – geralmente fisiológica, uma forma de eliminar células indesejáveis: pode ser patológica após algumas formas de lesão celular, especialmente dano ao DNA.
Apoptose em situações fisiológicas:
– A destruição programada de células durante a embriogênese.
– A involução dependente de hormônios nos adultos.
– A eliminação celular em populações celulares em proliferação.
– Eliminação de linfócitos auto-reativos potencialmente danosos.
– A morte celular induzida pelas células T citotóxicas.

Apoptose em condições patológicas:
– Morte celular produzida por vários estímulos nocivos.
– A lesão celular em certas doenças viróticas.
– A atrofia patológica dos órgãos parenquimatosos após obstrução ductal.
– A morte celular nos tumores.

Vias extrínsecas (morte iniciada por receptores) – essa via é iniciada pela ativação de receptores de morte celular em várias células.

Vias intrínsecas (mitocondrial) – ela resulta do aumento da permeabilidade mitocondrial e da liberação de moléculas próapoptóticas no citoplasma, sem a participação dos receptores de morte.

Inflamação – é uma reação completa a vários agentes nocivos, como os microrganismos e células danificadas, geralmente necróticas, que consiste de respostas vasculares, migração e ativação de leucócitos e reações sistêmicas.

Sinais cardinais da inflamação – dor, calor, rubor, tumor, perda da função.

Os eventos teciduais na inflamação – lesão celulares e teciduais, distúrbio circulatório, exsudação, fenômeno proliferativos, fenômenos reparadores.

Os passos que a célula inflamatória segue até atravessar o endotélio – ocorre a marginação da célula para periferia dos vasos, rolagem, adesão, saída do vaso sanguíneo. É o aumento da dilatação dos vasos sanguíneos.

Tipos de inflamação aguda
Inflamação Serosa – é um extravasamento exagerado de um fluido líquido, é derivado do plasma ou da secreção das células mesoteliais que recobrem a cavidade peritoneal.
Inflamação Fibrinosa – lesão mais grave e maior permeabilidade vascular, formando a fibrina que se deposita no espaço extravascular.
Inflamação supurativa ou purulenta – caracterizada pela produção de grande quantidade de pús, constituido de neutrofilos, células necróticas e edema.
Ulceras – é um defeito local, ou escavação, da superfície de um órgão ou tecido, produzido pela esfoliação do tecido inflamatório necrótico.
Tipos celulares que caracterizam ao granuloma na inflamação – neutrófilo, monócitos, eosinófilos, linfócitos, basófilos e plaquetas, e a célula que inicia a resposta inflamatoria são os macrófagos, células de langerhans.

Abscesso – são coleções localizadas de tecidos inflamatório purulento causados pela superação dentro de um tecido, um órgão ou um espaço confinado; são produzidas por bactérias.

Inflamação aguda – é uma resposta rapida a um agente nocivo encarregado de levar mediadores da defesa do hospedeiro – leucócitos e proteínas plasmáticas – ao local da lesão.

Inflamação crônica – é considerada uma inflamação prolongada, na qual a inflamação ativa, a destruição tissular e a tentativa de reparar os danos ocorrem simultaneamente.
Causa: na infecção persistente por determinado microrganismo;
auto-imunidade;
a exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, exógenos ou endógenos.
Característica: infiltrado de células mononucleares;
destruição tecidual;
tentativa de cicatrização pela substituição do tecido danificado por tecido conjuntivo.
O macrófago é a célula dominante na inflamação crônica.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Cestóides parasitos do homem

prova de Parasitologia Humana, carla aparece com esse video muito interessante. bom para quem gosta de aula video.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

bilhete premiado

olha que é apenas um bilhete premiado...
essa é Boa!


e mais uma para terminar a semana de prova!!!!!

Porque o Juiz deve ouvir as duas partes‏

Seu Zé, mineirinho, pensou bem e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao tribunal. No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu Zé:

- O Senhor não disse na hora do acidente 'Estou ótimo'?

E seu Zé responde:

- Bão, vô ti contá o que aconteceu. Eu tinha acabado di colocá minha mula favorita na caminhonete...

- Eu não pedi detalhes! - interrompeu o advogado. - Só responda à pergunta: O Senhor não disse na cena do acidente: 'Estou ótimo'?

- Bão, eu coloquei a mula na caminhonete e tava descendo a rodovia...

O advogado interrompe novamente e diz:

- Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, e isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta.

Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu Zé e disse ao advogado:

- Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.

Seu Zé agradeceu ao Juiz e prosseguiu:

- Como eu tava dizendo, coloquei a mula na caminhonete e tava descendo a Rodovia quando uma picape travessô o sinal vermeio e bateu na minha Caminhonete bem du lado. Eu fui lançado fora do carro prum lado da rodovia e a mula foi lançada pro outro lado. Eu tava muito ferido e não podia me movê. Mais eu podia ouvir a mula zurrano e grunhino e, pelo baruio, percebi que o estado dela era muito feio. Em seguida o patrulheiro rodoviário chegou. Ele ouviu a mula gritano e zurrano e foi até onde ela tava. Depois de dá uma oiada nela, ele pegou o revorve e atirou 3 vezes bem no meio dos ôio dela. Depois ele travessô a estrada com a arma na mão, oiô para mim e disse:

- Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela. E, como o senhor está se sentindo?

- Aí eu pensei bem e falei: .. É CLARO QUE EU TÔ ÓTIMO !!!!!

aula pratica de microbiologia

Relatório Aula Pratica de Microbiologia II

Introdução

Na segunda aula pratica do professor Luciano Teixeira Gomes em microbiologia II, foi utilizado uma amostra de liquido pleural. Realizado um meio de cultura pra a identificação de bactérias a realização Sistema Bactray I, II e III e do Antibiograma concomitantemente.
A cavidade pleural é revestida pelos mesotélios das pleuras visceral e parietal. Normalmente, contém uma pequena quantidade de líquido, dito pleural, o que permite o movimento de uma membrana contra a outra. O líquido pleural é um filtrado plasmático produzido continuamente pela pleura parietal. Sua cor normal é amarela claro, podendo haver coagulo. O Líquido Pleural não contém bactérias, portanto, pode ter ocorrido uma contaminação do material ou contaminação no procedimento.
Inicialmente foi colocado o Líquido Pleural na centrifuga para separar seus componentes, em seguida, foi retirada a amostra e feito a semeadura do mesmo em meios Ágar Sangue, BHI, Ágar Mac Conkey.

Ágar Sangue
Princípio
O meio de Ágar sangue, usando uma base rica, oferece ótimas condições de crescimento a maioria dos microrganismos. A conservação dos eritrócitos íntegros favorecem a formação de halos de hemólise nítidos, úteis para a diferenciação de Streptococcus spp. E Staphylococcus spp.
Utilidade
Usado para o isolamento de microrganismos não fastidiosos.
Verificação de hemólise dos Streptococcus spp. e Staphylococcus spp.
Usado na prova de satelitismo (para identificação presuntiva de Haemophilus spp.).

Ágar Mac Conkey
Princípio
O cristal violeta inibe o crescimento de microrganismos Gram positivos especialmente Enterococos e Estafilococos.
A concentração de sais de bile é relativamente baixa em comparação com outros meios, por isso não é tão seletivo para Gram negativos como, por exemplo, o ágar SS.
Utilidade
Isolar bacilos Gram negativos (enterobactérias e não fermentadores) e verificar a fermentação ou não da lactose.

Caldo BHI – BRAIN HEART INFUSION
Princípio
É um meio derivado de nutrientes de cérebro e coração, peptona e dextrose.
A peptona e a infusão são fontes de nitrogênio, carbono, enxofre e vitaminas.
A dextose é um carboidrato que os microrganismos utilizam para fermentação.
Utilidade
Meio para cultivo de estreptococcos, pneumococos, meningococos, enterobactérias, não fermentadores, leveduras e fungos.
Pode ser utilizado na preparação do inóculo para teste de susceptibilidade aos antimicrobianos, para realização de teste de coagulase em tubo, para teste de crescimento bacteriano a 42 e 44°C e para teste de motilidade em lâmina.
PROCEDIMENTOS BACTERIOSCOPIA E ANTIBIOGRAMA
Swabs umedecidos em solução salina a 0,85% esterilizada, em seguida, inoculados em caldo Brain Heart Infusion (BHI) e incubados a 37°C.
Observando-se a turvação do caldo BHI, foram inoculados com alça bacteriológica em ágar MacConkey. As placas semeadas foram incubadas a 37°C por 24 a 48 horas. As colônias desenvolvidas foram submetidas a observações macroscópicas, microscópicas (Gram) e identificação bioquímica. O perfil de suscetibilidade dos microrganismos isolados foi determinado pelo método de difusão em disco (Kirby-Bauer), de acordo com as recomendações do NCCLS

Bacterioscopia

Preparo do esfregaço
Suspender uma pequena porção da amostra bacteriana a ser corada em uma gota de água ou solução salina 0,85%, sobre uma lâmina de microscópio, espalhando a gota. Este procedimento deve ser feito com uma alça bacteriológica flambada ou um palito de madeira esterilizado. Deixar o material secar e, em seguida, fixá-lo com calor, flambando rapidamente a lâmina acima da chama de um bico de Bunsen.
Aplicação do Corante Primário
Cobrir toda a sua superfície da lâmina com o corante cristal violeta; deixar em repouso por um minuto. Descartar o excesso de corante ou enxaguar a lâmina com água.
Aplicação do Fixador
Cobrir toda a sua superfície da lâmina com lugol; deixar em repouso por um minuto. Descartar o excesso do fixador ou enxaguar a lâmina com água.
Descoloração
Com a lâmina inclinada, despejar algumas gotas de álcool (descolorizador) para remover o complexo cristal violeta-lugol de células Gram-negativas. Este procedimento não pode exceder a cinco segundos, pois o descolorizador poderá remover o corante cristal violeta das células Gram-positivas. Em seguida, enxaguar a lâmina com água para remover excesso de solvente.
Aplicação do Corante Secundário
Cobrir toda a sua superfície da lâmina com o corante fucsina básica; deixar em repouso por um minuto. Enxaguar a lâmina com água e tocar as bordas com papel absorvente para remoção do excesso de água. Logo após deixa secar a lâmina por completa.
Em seguida, colocamos a lâmina no microscópio para a identificação.
Resultado da Bacterioscopia:
Grupos de bastonetes Gram negativo.

Semeadura

Para o isolamento das bactérias que estão presentes em pequenos números é feito o meio de enriquecimento liquido, contendo fontes de carbono e energia sendo inoculados por alguns dias os microrganismos e posteriormente inoculado em outros tubos contendo o mesmo meio. Tempo necessário para o crescimento dos inóculos.
Finalmente é feito o plaqueamento.

O que é o antibiograma ou TSA?

O antibiograma ou Teste de Sensibilidade aos Antibióticos é um teste que verifica a sensibilidade das bactérias aos antibióticos visando auxiliar o médico na escolha do tratamento adequado. Este teste só pode ser realizado quando a cultura tiver resultado positivo e será executado de acordo com recomendações internacionais.
Seu objetivo é tanto a análise do espectro de sensibilidade/resistência a drogas de uma bactéria quanto à determinação da concentração mínima inibitória.

Sistema Bactray I, II e III

Finalidade
Sistema destinado à identificação bioquímica de bacilos Gram negativos com oxidase negativa, fermentadores da glicose ou não e bacilos Gram negativos não fermentadores da glicose, com oxidase positiva.
O sistema Bactray é composto por 3 conjuntos de provas bioquímicas, denominados Bactray I, II e III. Para identificação de fermentadores da glicose e bactérias não-fermentadoras oxidase negativas utiliza-se o Bactray I e II, sendo que para os não fermentadores oxidase positiva é utilizado o Bactray III. Cada conjunto é composto por um suporte de poliestireno descartável que contém 10 compartimentos para execução das provas bioquímicas.
Amostra
Colônias recém-obtidas (18-24 horas) de bactérias Gram negativas provenientes de meios de isolamento adequados, como o Mac Conkey Ágar, Ágar Eosina Azul de Metileno, CLED etc, previamente testadas quanto à oxidase.

Identificação da Bactéria

Para identificação da bactéria é realizado provas bioquímicas TSI/SIM/CITRATO, no entanto, realizamos o BACTRAY I. O substrato é uma reação enzimática, colorimétrica.
Após ser semeadas em meios seletivos foi utilizado um swab para diluir a bactéria na água destilada, colocada no tubo até ficar turvo. Adicionado 1mL de suspensão feita com uma pipeta e colocada no kit Bactray I, homogeneizado até preencher todas as cavidades.
Após a incubação o professor adicionou 2 gotas de indol no indol do bactray, KOH (hidróxido de potássio) no VP (Voges Proskauer) – KOH+ α – Naftol aguardou 15 minutos para reação, adicionado cloreto férrico no Fenilalanina Desaminase (PD) de 2 a 3 minutos

Fenilalanina Desaminase (FAD)
Há bactérias que produzem enzimas que desaminam a fenilalanina presente no meio, originando o ácido fenilpirúvico, que reage com o cloreto férrico adicionado ao meio, desenvolvendo cor verde. Essa prova é presuntiva para Proteus, Morganela, Providencia.

ONPG

O teste do ONPG é importante na diferenciação das Enterobacteriaceae que são vulgarmente classificadas de acordo com a sua capacidade de fermentar a lactose. É, também, usado na diferenciação de Neisseria lactamica de outras espécies fastidiosas de Neisseria.
O teste do ONPG (o-nitrofenil-ß-D-galactopiranosídeo) é utilizado para determinar a presença ou ausência da enzima ß-galactosidase num organismo. Tendo o ONPG uma estrutura semelhante à lactose se a bactéria em estudo possuir a ß-galactosidase o ONPG é degradado, libertando o composto o-nitrofenol, demonstrada pelo aparecimento de uma coloração amarela.

Lisina Descarboxilase(LDC)

Há algumas bactérias que possuem a lisina descarboxilase que descorboxila a lisina produzindo a cadaverina mais CO2, essa descaroboxilização alcaliniza o meio.O meio contém o indicador azul de bromocresol, que em pH alcalino apresenta-se em cor roxo e em meio ácido a cor amarela. A reação se processa em anaerobiose deve-se cobrir o meio com óleo mineral ou cera de carnúba.

Urease

Há bactérias que possuem a enzima urease que garante a capacidade de degradar a uréia presente no meio liberando amônia, CO2 e H2O. A amônia reage formando carbonato de amônia que alcaliniza o meio.O indicador de pH é o vermelho de fenol que em meio alcalino toma a coloração “pink”.

Produção de H2S

Se a bactéria produzir a enzima tiossulfato redutase ela ira degradar o tiossulfato de sódio presente no meio produzindo H2S, este reage com o sulfato ferroso formando um precipitado preto de sulfeto ferroso. Para que esta reação ocorra é necessário que o meio esteja ácido, assim se a base do tubo estiver negra deve ser lida como que a bactéria é fermentadora de glicose.

VP (Voges Proskauer)

Há bactérias que utilizam a fermentação butilenoglicólica, fermentam a glicose produzindo acetil-metil- carbinol (acetoína), butilenoglicol e pequenas quantidades de ácidos.Quando é adicionado KOH e na presença de O2 atmosférico a acetoína é convertida em diacetila a adicição de alfa-naftol nesta reação cataliza a produção de um anel vermelho.

Indol

O indol é produzido a partir do tríptofano existente no meio de cultura sob a ação da triptofanase, há também a produção de ácido pirúvico e amônia.
O indol pode ser detectado pela formação de um anel rosa “pink” na parte superior do tubo após a adição p-dimetilaminobenzaldeído (reativo de kovacs).


Citrato

Este teste determina se a bactéria é capaz de o citrato de sódio como única fonte de carbono para o seu metabolismo e crescimento. Deve ser utilizado o meio Citrato de Simmons, composto por citrato de sódio, fosfato de amônia e por azul de bromo fenol.Com o uso de citrato há a produção de hidróxido de amônia que eleva o pH fazendo que a reação se torne azul.


Só então, foi colocado no Sistema Bactray os resultados, ficando da seguinte maneira: ONPG – (-); ADH – (+); LDL – (+); ODC – (+); H2S – (-); UREASE – (-); VP – (-); PD – (-); INDOL – (+); CITRATO – (+).
Calculado esses resultados no Bactray I, foi encontrado com 96,53% de precisão para Escherichia fergusonii.

Gênero Escherichia spp

O gênero Escherichia spp contem 7 espécies e nenhuma subespécie conhecida.
O gênero Escherichia spp apresenta as características gerais da família das enterobacteriáceas. A variabilidade das cepas de Escherichia coli e a inclusão de novas espécies dentro do gênero não permitem elaborar uma definição simples.
O gênero Escherichia é composto de bastonetes retos, Gram negativos, não esporulados, algumas vezes, capsulados, imóveis com cílios peritríquios aeróbioanaeróbios, metabolismo respiratório e fermentativo. Fermentam a glicose com produção de gás (outras cepas de Escherichia coli, qualificadas como Alkalescens-Dispar, não produzem gás), Oxidase negativa, Catalase positivos e nitrato redutase positivo.
Apresentam resposta positiva para: VM, Acidificação da arabinose e D-manose. Apresentam resposta negativa para: Urease, DNase, Voges-Proskauer, Hidrólise da gelatina (22 °C), Produção de H2S (algumas cepas de Escherichia coli, podem possuir plasmídio que as torna produtora de H2S), urease (algumas cepas de Escherichia coli, podem albergar um plasmídio, tornando-as urease positivas), Fenilalanina desaminase, Acidificação do eritritol e Acidificação do mio-inositol.


Procedimento das quatro Aulas Práticas.

1. No primeiro dia foi coletada a amostra para crescimento de bactérias e identificação da mesma, em seguida foi colocado em um meio liquido (soro fisiológico) para ser feito a Bacterioscopia, e semeaduras em placas de Petri com meio de Agar Sangue, Mac Conkay.
2. Em seguida o professor Luciano Teixeira colocou o Swab com a amostra do material em um tubo com solução fisiológica até ela ficar turvo, e foi entregue o material aos alunos para a realização da semeadura e Bacterioscopia.
3. Na Bacterioscopia foi realizado o procedimento correto, citado nas paginas anteriores, realizando a identificação da bactéria, feito a leitura e interpretação dos resultados, sendo encontrados Grupos de bastonetes Gram negativo.
4. Na aula seguinte, foi realizada toda a técnica e procedimento do Antibiograma, aguardando 24 horas para o crescimento bacteriano.
5. Semeamos por espalhamento com alça de inoculação a cultura bacteriana em uma placa de Petri. Em seguida, depositamos os discos de papel filtros impregnados, separadamente, com quantidades determinadas de um antibiótico específico sobre a superfície do meio em disposição ordenada.
6. Na ultima aula foi explicado o Sistema Bactray, como realizá-lo e feito seu procedimento descrito anteriormente. Após realizá-lo, efetuamos a medição dos halos sobre a superfície do meio, ao redor do disco de antibiótico. Seguindo a tabela de medidas de antibióticos da NCCLS.
7. No antibiograma foram adicionados os antibióticos:
Ø 1° Amoxicilina – Ácido Claulânico (AMC)
Ø 2° Penicilina (PEN)
Ø 3° Cefoxitina (CFO)
Ø 4° Ceftriaxona (CRO)
Ø 5° Ciprofloxacina (CIP)
Ø 6° Cefepime (CPM)
Ø 7° Gentamicina (GEN)
Ø 8°Amicacina (AMI)
Ø 9° Ertapenen (ETP)
Ø 10° Sulfanetaxazol-trimetropim (SUT)
Cada antibiótico apresentava uma sigla especifica para sua identificação. Incubamos a placa, por 1 dia.




























sábado, 19 de setembro de 2009

O inicio do Fim

esse video era pra eu ter visto semestre passado para fazer meus trabalhos de embriologia humana I, agora tai pra quem gosta, esse video é muito bom. é otimo!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Tudo na vida é relativo......

RACIOCÍNIO RÁPIDO

Pra testar o caráter de um novo empregado, o dono da empresa mandou colocar 500 reais a mais no salário dele.
Passam os dias, e o funcionário não relata nada.
Chegando no outro mês, o dono faz o inverso: manda tirar 500 reais.
No mesmo dia, o funcionário entra na sala pra falar com ele:
- Doutor, acho que houve um engano e me tiraram 500 reais do salário.
- É? Curioso que no mês passado eu coloquei 500 a mais e você não falou nada.
- É que um erro eu tolero, doutor, mas DOIS, eu acho um absurdo !!!
TUDO NA VIDA É RELATIVO!!!
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GINECOLOGISTA
Fim de tarde, um ginecologista aguarda sua última paciente que não chega.
Depois de 45 minutos, ele supõe que ela não virá mais e resolve tomar um gin tônica para relaxar, antes de voltar para casa.
Ele se instala confortavelmente numa poltrona e começa a ler o jornal quando toca a campainha. É a tal paciente, que chega toda sem graça e pede mil desculpas pelo atraso.
- Não tem importância, imagine!
- responde o médico
- Olhe, eu estava tomando um gin tônica enquanto a esperava. Quer um também para relaxar?
- Aceito com prazer
- responde a paciente aliviada.
Ele lhe serve um copo, senta-se na sua frente e começam a bater papo.
De repente ouve-se um barulho de chave na porta do consultório...
O médico tem um sobressalto, levanta-se bruscamente e diz:
- É minha mulher! Rápido, tire a roupa, deite na cama e abra as pernas, senão ela pode pensar bobagem..!
TUDO NA VIDA É RELATIVO!!!
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REGRAS SÃO REGRAS...
Um casal recém casado vai viver em sua nova casa.
Ao entrar pela primeira vez na casa o homem diz:
- Se quer viver comigo as minhas regras são:
-Segundas e terças-feiras à noite vou tomar café com os amigos;
-Quartas-feiras à noite cinema com o pessoal;
-Quintas, sextas à noite cerveja com os colegas;
-Sábados pe scaria com a turma, retornando domingo pela manhã;
-E aos domingos deito cedo para descansar.
Se quer... Quer... Se não quer... Azar!
Então a mulher responde:
- Pra mim só existe uma regra:
Aqui em casa tem sexo todas as noites.
Quem está, está. Quem não está... Azar!!!!!!!! !!
TUDO NA VIDA É RELATIVO!!!

Saúde Coletiva

Voce sabe a diferença entre lavar e limpar? não sabe? então assista este video até o final e você vai descobrir...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Dica para futura mamãe

Grávidas de plantão assinem o Boletim Crescer:Dicas - Dicadedica

essa dica é muito boa, minha mulher sempre recebeu otimas dicas.
é otimo para casais que estão perdidos como um casal de amigos que tenho, ela nao sabe pq a barriga dela nao cresce e ele fica perguntando pra gente...

espero que essa dica ajude muitos leigos no assunto.

Para assinar é so acessar e fazer o cadastro.

http://editora.globo.com/especiais/boletim_crescer_gravidez/

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

descoberta a fonte da junventude: uma bacteria

Micro-organismo produz um remédio capaz de frear os mecanismos de envelhecimento das células - e prolongar artificialmente a vida de animais saudáveis.
Expêriencia feita na Univérsidade do Texas e de Michegan apontaram que a Rapamicina (Rapamune), droga atualmente utilizada em transplante de orgãos, tem o poder de estender milagrosamente a vida - ratos que tomaram o remédio viveram até 14% a mais. Isso acontece porque a Rapamicina inibi um mecanismo chamado mTOR, responsável pela divisão, multiplicação (e envelhecimento) das células. Mas essa droga que é produzida pela bactéria Streptomyces hygroscopicus, encontrada no solo da ilha de Páscoa, tem um efeito colateral: enfraquece o sistema imunológico. Por isso, os cientistas enfatizam que ninguém deve tomar esse rémedio por conta própria. " A descoberta é importante porque abre caminho para o desenvolvimento para o desenvolvimento de drogas que ajam mais especificamente, sem efeito colateriais", explica a bióloga Lynne Cox, da Universidade de Oxford.
14% é quanto os ratos que tomaram a droga viveram a mais (o equivalente a 10 anos em idade humana).
Texto: Bruno Garattoni

diferença de sintomas entre a gripe H1N1 e a gripe comum

Realmente os sintomas entre a Gripe Suína e a gripe comum são bem parecidos, já as conseqüências são bem diferentes. Perceber algo que possa denominar a gripe suína de uma outra gripe qualquer, é um tanto quanto complicado, e ao vermos uma pessoa resfriada ou gripada, logo acreditamos que possa ser o vírus Influenza A H1N1.

Mas logo a seguir você poderá entender mais detalhadamente as diferenças entre os sintomas da gripe comum e os sintomas da Gripe Suína. Nesta ultima semana, os casos confirmados no Brasil subiram de uma forma inacreditável, de 74 para 399 casos, um numero altíssimo, e segundo especialistas do Ministério da Saúde este número ainda vai aumentar muito, tudo devido à falta de cuidados das pessoas, e da ajuda do inverno.

A diferença maior é que a gripe suína possui das demais gripes comuns e resfriados, é que ela inicia-se de uma hora para outra, e os sintomas são mais severos. Dentro todos os sintomas, de um dia para o outro, a pessoa começa a sentir fortes dores pelo corpo, principalmente no abdômen e também nas articulações, a pessoa também sente um frio intenso, tremores repentinos, e a febre está sempre acima de 38° C. Em alguns casos a pessoa chegava a expelir catarro, mas geralmente a tosse sempre é seca. Estes sintomas duram dentre sete a cinco dias sem parar, sendo assim, em caso de suspeita, favor procurar um médico e se cuidar, antes que possa ser tarde. Pois afinal de contas só mesmo exames laboratoriais ( Com Biomedicos) para lhe dar a resposta da contaminação.


RESUMINDO:


GRIPE SUÍNA
-Início súbito
-Com febre
-Causada somente pelo vírus Myxovirus Influenzae (Influenza)
-Mal estar, dor muscular, dor de cabeça e tosse. Pode provocar complicações como sinusite, pneumonia e morte.


GRIPE COMUM
-Início progressivo
-Em geral sem febre
-Sintomas mais localizados na região respiratória (nariz e garganta). Dificilmente provoca complicações.
-Causado por vários tipos de vírus: adenovírus, rinovírus, parainfluenza, coronavírus, VSR, etc...

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Reportangem sobre Roger Abdelmassih‏

Há quinze anos Roger Abdelmassih estupra mulheres com a ajuda dos médicos

Para uma reportagem no Domingo Espetacular, da Record, entrevistei mulheres estupradas por Roger Abdelmassih.
. Todas elas bateram na porta do Conselho Regional de Medicina de São Paulo, o Cremesp, para denunciá-lo.
. Eram recebidas não como vítimas, mas como quase-criminosas.
. Uma delas mereceu a seguinte pergunta de uma médica a serviço do Cremesp: ele (o Dr Roger, o estuprador) ligou para a senhora no fixo ou no celular ?
. Na comunidade dos médicos de São Paulo, muitos sabiam que o Dr Roger estuprava pacientes.
. Uma entrevistada me contou que foi a outro médico e ao narrar os crimes do Dr Roger, foi recebida com uma reação de naturalidade e frieza.
. Ora, todo mundo sabe disso, disse o novo médico.
. Quer dizer, os médicos de São Paulo são responsáveis, pela omissão, por crimes que o Dr Roger cometeu, pelo menos, ao longo dos últimos quinze anos.
. Há quinze anos, uma das vítimas, Vanuzia Leite Lopes, contou tudo ao Cremesp.
. Outra paciente, que a Folha (*) – chamada de Cristina, foi ao Cremesp em 1998.
. E o Dr Roger, impune, a estuprar mulheres dopadas e a atacar mulheres não dopadas.
. Agora, com a casa arrombada, quando a opinião pública já sabia dos estupros, o Cremesp se sentiu na obrigação de suspender o direito de o Dr Roger continuar a estuprar.
. O Ministério Público arrolou como testemunha – o crime está prescrito – uma jovem que, em Campinas, no início da carreira dele, em 1970, chegou com dores nos rins.
. Ele era residente de Urologia.
. Ele enfiou um tubo na vagina da jovem. Por que ?
. Percebeu que ela era virgem.
. E perguntou quanto ela queria para que ele pudesse deflorá-la.
. O Ministério Público bem que poderia ter uma conversinha com o Cremesp.
. O Cremesp está ali para ajudar os pacientes, ou acobertar crimes ? – pergunta elementar.
. O Dr Roger fazia o que fazia porque contava com a impunidade.
. Ele era o médico das estrelas, o médico “Caras”.
. Segundo vítimas que entrevistei, não tinha nada de louco ou tarado.
. Era um homem normal, dos nossos tempos (*): que gosta de dinheiro e mulheres.
. Às mulheres constrangidas, ele dizia: você deve se sentir honrada por eu me interessar por você.
. E se dizia enviado por Deus.
. Assim que recebeu ordem de prisão, o Dr Roger correu para o banheiro: teve um desarranjo intestinal.
. Foi preso no banheiro de seu gabinete, com as calças na mão.
. A primeira reação que teve, ao entrar no carro da Polícia, foi dizer: “perdi a minha clínica”.
. Era um empresário.
. Bem sucedido.
. Que contava com a omissão da sociedade.
. Do Cremesp, por exemplo.

By: Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Microbiologia

O que é um exame de cultura?

Um exame de cultura consiste em “semear” amostras biológicas, onde normalmente há suspeita de alguma infecção microbiana. Este processo é feito em meio próprio que permita a nutrição, o crescimento e a multiplicação de microrganismos.
O resultado do exame de cultura não fica pronto no mesmo dia dos outros exames porque As bactérias, os fungos e os vírus precisam de tempo para crescer o suficiente para que possamos identificá-los. Por isso aplica-se o termo “cultura”, uma vez que é necessário “semear” o material colhido e aguardar o seu crescimento. Este tempo é muito variado, dependendo do tipo de microrganismo.
Teste da catalase
Os membros da família Micrococcaceae são diferenciados dos da família Streptococcaceae pela prova de catalase. O teste é realizado com peróxido de hidrogênio (H2O2) a 3% sobre uma lâmina. A imediata produção de efervescência indica a conversão do H2O2 em água e oxigênio gasoso. Existem raras cepas de Estafilococos catalase negativas, e alguns enterococos (i.e. estreptococos fecais) produzem uma “pseudocatalase” e são fracamente reativos com H2O2.
Teste de Coagulase
As coagulases são enzimas com capacidade para coagular o plasma sanguíneo através de um mecanismo similar ao da coagulação normal.
A atividade da coagulase é utilizada para distinguir espécies patogenicas de Staphylococcus de espécies não patogenicas, sendo um bom indicador da patogenicidade do S.aureus.
A prova da coagulase em tubo consiste em juntar num tubo de ensaio contendo plasma (obtido de sangue a que se juntou um anticoagulante, por exemplo oxalato, citrato, heparina) uma suspensão de microrganismos (caldo de cultura) ou colônias provenientes de um meio sólido e incubar a 37º C. A formação de coágulos às 2 h, às 6 h ou às 24 h de incubação é interpretada como uma prova positiva. A ausência de coagulação após 24 horas de incubação é uma prova negativa.
Esta prova pode ser realizada de um modo mais rápido (prova em lâmina) colocando-se duas porções de bactérias da espécie em estudo nos extremos de uma lâmina, fazendo-se de seguida uma pequena suspensão, sendo depois adicionado a uma delas uma gota de água destilada (controle) e a outra uma gota de plasma. Homogeneiza-se bem e observa-se, no fim de uns minutos. Se o aspecto é idêntico a prova é negativa ou se ocorreu formação de pequenos agregados resultantes do fato das bactérias ficarem aprisionadas na rede de fibrina então formada a prova é positiva.
Bacterioscopia
A coloração de Gram é um método de coloração de bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram (1853 - 1838), em 1884, e que consiste no tratamento sucessivo de um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentes, cristal violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. Essa técnica permite a separação de amostras bacterianas em Gram-positivas e Gram-negativas e a determinação da morfologia e do tamanho das amostras analisadas.
Sempre especificar o tipo de material e o local da coleta.
No paciente foi coletado o material, secreção de ferida em região lombar, para identificação bacteriana, em seguida, encaminhado para a microscopia.
Inicialmente foi feito uma bacterioscopia para identificação e preparo da lamina.
Preparo do esfregaço
Suspender uma pequena porção da amostra bacteriana a ser corada em uma gota de água ou solução salina 0,85%, sobre uma lâmina de microscópio, espalhando a gota. Este procedimento deve ser feito com uma alça bacteriológica flambada ou um palito de madeira esterilizado. Deixar o material secar e, em seguida, fixá-lo com calor, flambando rapidamente a lâmina acima da chama de um bico de Bunsen.
Aplicação do Corante Primário
Cobrir toda a sua superfície da lâmina com o corante cristal violeta; deixar em repouso por um minuto. Descartar o excesso de corante ou enxaguar a lâmina com água.
Aplicação do Fixador
Cobrir toda a sua superfície da lâmina com lugol; deixar em repouso por um minuto. Descartar o excesso do fixador ou enxaguar a lâmina com água.
Descoloração
Com a lâmina inclinada, despejar algumas gotas de álcool (descolorizador) para remover o complexo cristal violeta-lugol de células Gram-negativas. Este procedimento não pode exceder a cinco segundos, pois o descolorizador poderá remover o corante cristal violeta das células Gram-positivas. Em seguida, enxaguar a lâmina com água para remover excesso de solvente.
Aplicação do Corante Secundário
Cobrir toda a sua superfície da lâmina com o corante fucsina básica; deixar em repouso por um minuto. Enxaguar a lâmina com água e tocar as bordas com papel absorvente para remoção do excesso de água. Logo após deixa secar a lâmina por completa.
Em seguida, colocamos a lâmina no microscópio para a identificação.
Semeadura
Para o isolamento das bactérias que estão presentes em pequenos números é feito o meio de enriquecimento liquido, contendo fontes de carbono e energia sendo inoculados por alguns dias os microrganismos e posteriormente inoculado em outros tubos contendo o mesmo meio. Tempo necessário para o crescimento dos inóculos.
Finalmente é feito o plaqueamento.
O que é o antibiograma ou TSA?
O antibiograma ou Teste de Sensibilidade aos Antibióticos é um teste que verifica a sensibilidade das bactérias aos antibióticos visando auxiliar o médico na escolha do tratamento adequado. Este teste só pode ser realizado quando a cultura tiver resultado positivo e será executado de acordo com recomendações internacionais.
Seu objetivo é tanto a análise do espectro de sensibilidade/resistência a drogas de uma bactéria quanto à determinação da concentração mínima inibitória.
Staphylococcus aureus, são uma espécie de estafilococos coagulase-positivos. É uma das espécies patogênicas mais comuns, juntamente com a Escherichia coli. É um coco Gram positivo. O S.aureus é a mais virulenta espécie do seu género. Os S.aureus são semelhantes a todos os outros Staphylococcus na maioria dos detalhes. Têm forma esférica (são cocos), cerca de 1 micrómetro de diâmetro, e formam grupos com aspecto de cachos de uvas com cor amarelada, devido à produção de carotenóides. É a única espécie que produz coagulase. Cresce bem em ambientes salinos. Cerca de 15% dos indivíduos são portadores de S.aureus, na pele ou nasofaringe. A infecção é freqüentemente causada por pequenos cortes na pele. Para tratamento antibiótico são usadas as penicilinas resistentes ás penicilinases, ou caso haja resistência vancomicina.
No antibiograma foram adicionados os antibióticos:
Ø 1° Cefoxitina (CFO-30 µg) – 36mm ≥ 20mm considerado sensível
Ø 2° Amoxicilina (AMC-30 µg) – 42mm ≥ 20mm considerado sensível
Ø 3° Sulfazotrim (SUT-25 µg) – 36mm ≥ 16mm considerado sensível
Ø 4° Ertapenem (ETP) – 29mm ≥ 18mm considerado sensível
Ø 5° Amicacina (AMI-30 µg) – 35mm ≥ 17mm considerado sensível
Ø 6° Ciprofloxacin (CIN) – 38mm ≥ 21mm considerado sensível
Ø 7° Ceftriaxona (CRO) – 22mm ≥ 21mm considerado sensível
Ø 8° Gentamicina (GEN) – 39mm ≥ 15mm considerado sensível
Ø 9° Eritromicina (ERI) – 32mm ≥ 23mm considerado sensível
Ø 10° Cefepime (CPM) – 33mm ≥
Cada antibiótico apresentava uma sigla especifica para sua identificação. Incubamos a placa, por 1 dia.
Na quarta aula, realizamos a medição dos halos sobre a superfície do meio, ao redor do disco de antibiótico. Seguindo a tabela de medidas de antibióticos da NCCLS.
Resultados

Paciente: J.H.S.
Sexo: Masculino
Exame: Cultura
Material: Secreção de ferida em região Lombar.
Teste de Catalase: positivo
Testa de Coagulase: positivo
Bacterioscopia: Cocos Gram Positivo agrupados ou isolados, sugestivos de Staphylococcus sp.
Resultado: Staphylococcus aureus.
Antibiograma

A formação de um halo transparente sobre a superfície do meio, ao redor de um disco de antibiótico, indica uma região com ausência de crescimento bacteriano, revelando a ação inibitória do agente antimicrobiano sobre a bactéria ensaiada.