São analisados os seguintes analitos:
- Cetonas ou corpos cetônicos;
- Bilirrubina;
- Urobilinogênio;
- Glicose;
- Nitrito;
- Leucócitos;
- Proteína;
- Densidade;
- pH;
- Hemácias.
Urobilinogênio: negativo.Indica a presença de processos hemolíticos, disfunção hepática.
Glicose: negativo. Causada tanto pelo diabetes mellitus como por doenças renais que afetem a reabsorção tubular (nefropatia tubular avançada) e nos quadros de hiperglicemia, Síndrome de Fanconi, gravidez com possível diabetes mellitus latente.
Leucócitos: negativo. A presença indica possível infecção do trato urinário.
pH: 5,0 - 7,0. Indicador da função tubular renal. Alterado na alcalose ou acidose respiratória ou metabólica, cálculos renais e infecção das vias urinárias. Urina recém-colhida com pH9,0, pode estar associado á conservação incorreta da amostra.
Hemácias: Negativo. A detecção de sangue na urina pode estar presente na forma de hemácias íntregas (hematúria) ou de hemoglobina (hemoglobinúria), que é o produto da destruição das hemácias.
Hematúria: Cálculos renais, doenças glomerulares, tumores, traumatismo, pielonefrite, exercício físico intenso, menstruação e exposição a produtos ou drogas.
Hemoglobinúria: Hemólise intravascular, reações transfusionais, anemia hemolítica, queimaduras graves, infecções. Densidade: 1,010 a 1,030. Estado de hidratação do paciente. Incapacidade de concentração pelos túbulos renais. Diabetes insípidus. Determinação de inadequação de amostra por baixa concentração.
Sedimento Urinário
Ela é obtido através da centrifugação da urina e posteriormente a análise dos elementos anormais.Esta etapa pode revelar alterações renais e das vias urinárias.. A presença de cristais urinários está associada ao pH urinário e á litíase renal, bem como ao uso de drogas na terapêutica;
Mudanças no regime alimentar promovidas pela industrialização dos alimentos mais ricos em proteínas e sais pode induzir a formação dos cálculos urinários.
Urina Ácida: Ácido úrico, urato amorfo, oxalato de cálcio, biurato de amônio;
Urina Alcalina: Fosfato amorfo, fosfato de cálcio, fosfato triplo;
Cristais anormais: Leucina, tirosina, cistina, bilirrubina, colesterol.
Cilindros
As estruturas cilíndricas são formadas por precipitação de proteínas á luz tubular, sendo estruturas exclusivamente renais;
A formação do cilindro corresponde á presença da proteína de Tamm Horsfall na região distal e no coletor devido á concentração máxima do filtrado.
As condições determinantes para a formação dos cilindros são:
1- Diminuição do pH (ácido);
2- Diminuição do fluxo urinário. Aumento da osmolaridade de elementos como sódio, potássio e uréia.
Sedimento Urinário
A análise do sedimento urinário corresponde a última etapa do exame de urina (EAS). Ela é obtido através da centrifugação da urina e posteriormente a análise dos elementos anormais. Esta etapa pode revelar alterações renais e das vias urinárias.
A análise do sedimento urinário descreve a presença dos seguintes elementos:
- Hemácias;
- Leucócitos
- Células epiteliais;
- Filamentos de muco;
- Cristais urinários;
- Cilindros;
- Outros elementos:
- bactérias,
- parasitas,
- espermatozóides.
Técnica procedimental – câmara de neubauer
Colocar 10 mL de urina em um tubo cônico de plástico.
Centrifugar durante 5 minutos a 2300 rpm. Desprezar 9 mL de sobrenadante e ressuspender o sedimento urinário. Colocar na câmara de Neubauer, realizar a contagem do 4 quadrantes laterais e multiplicar por 250. Unidade: mm/3.
TÉCNICA PROCEDIMENTAL- LÂMINA
Colocar 10 mL de urina em um tubo cônico de plástico. Centrifugar durante 5 minutos a 2300 rpm. Desprezar 9 mL de sobrenadante e ressuspender o sedimento urinário. Colocar em lâmina e lamínula e realizar a contagem por campo. Examinar de 10-15 campos em objetiva de 40x.
CRISTAIS URINÁRIOS
A presença de cristais urinários está associada ao pH urinário e á litíase renal, bem como ao uso de drogas na terapêutica. Mudanças no regime alimentar promovidas pela industrialização dos alimentos mais ricos em proteínas e sais pode induzir a formação dos cálculos urinários.
Urina Ácida: Ácido úrico, urato amorfo, oxalato de cálcio, biurato de amônio.
Urina Alcalina: Fosfato amorfo, fosfato de cálcio, fosfato triplo.
Cristais anormais: Leucina, tirosina, cistina, bilirrubina, colesterol .
Uso: diagnóstico de síndromes mielomatosas.
A PROTEÍNA DE BENCE JONES é uma imunoglobulina. É produzida em grande quantidade, excedendo a capacidade de metabolismo pelo rim, com conseqüente perda pela urina. A produção prolongada desta proteína leva a uma lesão tubular com insuficiência renal. Sua presença pode ser detectada também em percentuais variáveis, na amiloidose primária. A técnica eletroforética é o método de escolha para a identificação desta proteína, visto que, tomando como exemplo o mieloma múltiplo, 70 a 80% dos casos podem ser identificados com a sua utilização, contra apenas 50% dos casos com a utilização do método de aquecimento. Normalmente as outras proteínas coagulam ao calor e assim permanecem. A proteína de B. J. coagula a uma temperatura entre 40 – 60ºC e se dissolve quando a T atinge 100ºC.
Caracteriza-se por perda urinária de PROTEÍNA NA POSIÇÃO ORTOSTÁTICA, mas excreção normal de proteína quando o indivíduo está deitado. Para o diagnóstico desta condição, coletam-se duas amostras: toda a urina, desprezando-se a primeira micção matinal, até o momento do paciente se recolher para dormir, e outro recipiente com a primeira micção matinal. Dosa-se a proteína presente nas duas amostras. Nos casos de proteinúria ortostática, a amostra colhida durante o período de atividade mostra proteinúria enquanto que a amostra colhida pela manhã tem pouca ou nenhuma proteína.
A proteinúria ortostática ocorre depois que a pessoa fica muito tempo em pé e desaparece quando à pessoa se deita. Acredita-se que isto seja devido ao aumento da pressão sobre a veia renal de quando está de pé. O procedimento neste caso é pedir a pessoa que colha amostra imediatamente após se levantar pela manhã e outro após o período em que ficar de pé e compara-se os dois resultados.