sábado, 26 de fevereiro de 2011

Caso Clínico I

1- O que é C3? O que pode justificar seus valores baixos?

R = C3 é um componente do sistema do complemento que está involucrado nas vias de activação clássica e alternativa. C3 encontra-se aumentada em consequência de uma resposta de fase aguda (resposta inflamatória, trauma ou necrose tisular), obstrucção biliar e glomerulosclerose focal. A concentração plasmática de C3 diminui em deficiências genéticas ou adquiridas, facto que se associa a um incremento do risco de infecção, especialmente por bactérias encapsuladas.
Na glomerulonefrite, C3 e C4 diminuídos.

2- O que é a PCR? O que pode justificar seus valores alterados?

R = Proteína C reativa. É uma proteína que se eleva em estados inflamatórios. Ela é inespecífica. Normalmente indica processo infeccioso em andamento, mas também pode estar alta nas neoplasias e doenças inflamatórias. Uma PCR elevada associado a leucocitose é forte indicador de infecção em curso. Também serve para avaliar risco de doença cardiovascular. Há muito se sabe que as doenças cardiovasculares são causadas por uma combinação de uma constante e pequena inflamação nas paredes do vasos com o depósito de colesterol nos mesmos.
A proteína C reativa (PCR) foi a primeira proteína da fase-aguda descrita na literatura e tem sido considerada por muitos pesquisadores como um marcador sistêmico da inflamação, infecção e da lesão celular. O seu nome deriva da capacidade de precipitar o polissacarídeo-C do Streptococcus pneumoniae (Pepys-1983). Atualmente dispomos na clínica diária da dosagem da PCR ultra-sensível.

3- O que é ASLO? O que pode justificar seus valores alterados?

R = Anticorpos antiestreptocócicos (ASLO) A detecção de infecção estreptocócica se faz indiretamente por meio de provas que determinam a elevação dos títulos sorológicos dos anticorpos dirigidos contra enzimas secretadas pelo estreptococo beta hemolítico, reconhecido como agente etiológico da febre reumática, da glomerulonefrite difusa aguda, da púrpura de Henoch-Schonlein e do eritema nodoso.
A dosagem da antiestreptolisina O (ASLO) é baseada na inibição da atividade hemolítica da estreptolisina O, com resultados expressos em unidade Todd.
É importante frisar que a elevação da ASLO representa apenas uma resposta a uma prévia infecção estreptocócica, não sendo isoladamente de valor no diagnóstico da febre reumática.
É o anticorpo mais encontrado pós-faringoamigdalites.Os títulos aumentam 10-14 dias após a infecção e se normalizam até 6 meses.
Não um exame preditivo e assim indica a presença de uma infecção por estrepto, mas não que vá se desenvolver uma glomerulopatia. Presente em 75% das glomerulonefrites pós-estreptocócica.

5- Quais são as principais causas e/ou doenças que podem causar com aumento da PCR?

A - Grandes aumentos da PCR
Infecções
• Bacterianas
• Infecções sistêmicas por fungo e vírus
• Infecção por Mycobacterium tuberculosis.
Complicações alérgicas da infecção
• Febre reumática
• Eritema nodoso.
Doença inflamatória
• Artrite reumatóide
• Artrite crônica juvenil
• Espondilite anquilosante
• Artrite psoriática
• Vasculite sistêmica
• Polimialgia reumática
• Doença de Reiter
• Doença de Crohn
• Febre Mediterrânea familial.
Necrose
• Infarto do miocárdio
• Embolização tumoral
• Pancreatite aguda
Trauma
• Cirurgia
• Queimadura
• Fraturas
Câncer
• Linfoma
• Sarcoma
• Carcinoma
B- Aumentos modestos ou ausentes da PCR
• Lupus eritematoso sistêmico
• Esclerodermia
• Dermatomiosite
• Colite ulcerativa
• Leucemia
• Rejeição de transplante

6- Pode haver alguma alteração laboratorial que justifique o quadro clínico de edema periorbitário e pré-tibial bilateral?

Desencadeamento de processos inflamatórios nos vasos sangüíneos como lesão tecidual, liberação de citocinas.
Lesão glomerular por deposição de imunocomplexos circulantes e reação antígeno-anticorpo in situ, ativando o sistema complemento e desencadeando uma reação auto imune.
Hipervolemia pela queda na taxa de filtração glomerular, com retenção de sódio e água.

7- Quais as principais causas para o aumento de proteínas no exame de Urina Tipo I?

Diabetes, Lúpus, Doenças primárias dos glomérulos, Hepatite, Sífilis, SIDA (AIDS), Reação a anti-inflamatórios, Câncer, Eclâmpsia, Obesidade.
Ocorre em doença renal, muitas vezes incipiente, por isso é a mais importante das provas química da urina tipo I. Aparecem devido a lesões da membrana glomerular, distúrbios que afetam a reabsorção tubular, proteínas produzidas pelos tubulos renais. Exemplo: glomerulonefrites, pielonefrites, doeça renal diabética. excesso de proteínas normais no plasma. IAM, queimaduras, Ca, leucemia. Lise de hemácias, leucócitos, células epiteliais no trato urinário. Exercício físico intenso; frio intenso, febre.

8- No Exame de Urina Tipo I do paciente há presença de alguns cilindros. Explique como se dá a formação desses cilindros e o que diferencia um cilindro do outro.

R = São formados pela proteína de Tamm-horsfall na luz dos túbulos renais, sua forma é a do túbulo que serviu de molde. São de formação exclusivamente renal, portanto significa patologia renal, o seu encontro no sedimento urinário. Podem conter elementos em seu interior significando que estes elementos estavam presentes nos túbulos por ocasião da formação do cilindro. Túbulos contornado proximal, distal, coletor e ALçA de henle.

Tipos de cilindro:
Cilindro hialino: ate 1 a cada 2 campos, pode ser normal, formado por “gel de proteína”. Grande quantidade aparece na glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica, ICC.
Cilindro hemático: contem hemácias em seu interior, significa sangramento no interior do nefron que ocorre em G.N e lesão de túbulos ou capilares renais.
Cilindros leucocitários: contem leucócitos em seu interior, significa infecção e/ou inflamação no interior do nefron. Ex: GN e pielo.
Cilindros epiteliais: contem células epiteliais renais.
Cilindros granulosos finos e grosseiros: contem grânulos, provenientes de restos leucocitários, bactérias, etc.
Cilindros cereos: estagio avançado do cilindro hialino, devido a grande liberação de proteína, inclusive em placas. Refringentes e rígidos.
Cilindros adiposos: contem corpos adiposos ovais, provenientes da decomposição dos cilindros celulares de células que contem corpos adiposos, devido a absorção de lipídeos pelos túbulos. Muito refringentes com gotículas de gordura.
Cilindro largos: formados nos tubos coletores, são mais largos, significa uma diminuição do fluxo urinário. Mau prognostico “cilindro da insuficiência renal”.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

LABORATÓRIO CLÍNICO II (URINÁLISE)

Análise química
São analisados os seguintes analitos:
  • Cetonas ou corpos cetônicos;
  • Bilirrubina;
  • Urobilinogênio;
  • Glicose;
  • Nitrito;
  • Leucócitos;
  • Proteína;
  • Densidade;
  • pH;
  • Hemácias.
As tiras reativas constituem-se em pequenos quadriculadas de papel absorventes impregnados com substância químicas presos a uma tira de plástico. A reação química que produz determinada coloração se dá quando o papel absorvente entra em contato com a urina. As cores resultantes são interpretadas comparando-se com uma tabela de cores fornecidas pelo fabricante. As tonalidades das cores podem inferir um valor semi quantitativo (traços; +;++;+++;++++). Há também uma estimativa em mg/dl para algumas áreas.
Cetonas: negativo. Aparece quando o uso de carboidratos fica comprometido e os estoques de gordura são metabolizados para gerar energia (jejum prolongado),vômitos, diarréia, desidratação.
Bilirrubina: negativo. Valores elevados indicam doenças hepáticas e biliares, obstruções biliar, neoplasias hepáticas, cirrose, hepatite.

Urobilinogênio: negativo.Indica a presença de processos hemolíticos, disfunção hepática.
Glicose: negativo. Causada tanto pelo diabetes mellitus como por doenças renais que afetem a reabsorção tubular (nefropatia tubular avançada) e nos quadros de hiperglicemia, Síndrome de Fanconi, gravidez com possível diabetes mellitus latente.
Nitrito: negativo. Indica infecções do trato urinário. Em caso positivo realizar a urocultura . Pode haver falso negativo.
Leucócitos: negativo. A presença indica possível infecção do trato urinário.
Proteína: negativo ( até 10mg/dL). Falso positivo:urinas muito concentradas e muito alcalinas. É o principal marcador da doença renal e de sua progressão.
pH: 5,0 - 7,0. Indicador da função tubular renal. Alterado na alcalose ou acidose respiratória ou metabólica, cálculos renais e infecção das vias urinárias. Urina recém-colhida com pH9,0, pode estar associado á conservação incorreta da amostra.

Hemácias: Negativo. A detecção de sangue na urina pode estar presente na forma de hemácias íntregas (hematúria) ou de hemoglobina (hemoglobinúria), que é o produto da destruição das hemácias.

Hematúria: Cálculos renais, doenças glomerulares, tumores, traumatismo, pielonefrite, exercício físico intenso, menstruação e exposição a produtos ou drogas.

Hemoglobinúria: Hemólise intravascular, reações transfusionais, anemia hemolítica, queimaduras graves, infecções. Densidade: 1,010 a 1,030. Estado de hidratação do paciente. Incapacidade de concentração pelos túbulos renais. Diabetes insípidus. Determinação de inadequação de amostra por baixa concentração.

Sedimento Urinário
Ela é obtido através da centrifugação da urina e posteriormente a análise dos elementos anormais.Esta etapa pode revelar alterações renais e das vias urinárias.. A presença de cristais urinários está associada ao pH urinário e á litíase renal, bem como ao uso de drogas na terapêutica;

Mudanças no regime alimentar promovidas pela industrialização dos alimentos mais ricos em proteínas e sais pode induzir a formação dos cálculos urinários.

Urina Ácida: Ácido úrico, urato amorfo, oxalato de cálcio, biurato de amônio;

Urina Alcalina: Fosfato amorfo, fosfato de cálcio, fosfato triplo;

Cristais anormais: Leucina, tirosina, cistina, bilirrubina, colesterol.

Cilindros
As estruturas cilíndricas são formadas por precipitação de proteínas á luz tubular, sendo estruturas exclusivamente renais;

A formação do cilindro corresponde á presença da proteína de Tamm Horsfall na região distal e no coletor devido á concentração máxima do filtrado.

As condições determinantes para a formação dos cilindros são:

1- Diminuição do pH (ácido);

2- Diminuição do fluxo urinário. Aumento da osmolaridade de elementos como sódio, potássio e uréia.

Sedimento Urinário
A análise do sedimento urinário corresponde a última etapa do exame de urina (EAS). Ela é obtido através da centrifugação da urina e posteriormente a análise dos elementos anormais. Esta etapa pode revelar alterações renais e das vias urinárias.
A análise do sedimento urinário descreve a presença dos seguintes elementos:

  • Hemácias;
  • Leucócitos
  • Células epiteliais;
  • Filamentos de muco;
  • Cristais urinários;
  • Cilindros;
  • Outros elementos:
  • bactérias,
  • parasitas,
  • espermatozóides.

Técnica procedimental – câmara de neubauer
Colocar 10 mL de urina em um tubo cônico de plástico.
Centrifugar durante 5 minutos a 2300 rpm. Desprezar 9 mL de sobrenadante e ressuspender o sedimento urinário. Colocar na câmara de Neubauer, realizar a contagem do 4 quadrantes laterais e multiplicar por 250. Unidade: mm/3.

TÉCNICA PROCEDIMENTAL- LÂMINA
Colocar 10 mL de urina em um tubo cônico de plástico. Centrifugar durante 5 minutos a 2300 rpm. Desprezar 9 mL de sobrenadante e ressuspender o sedimento urinário. Colocar em lâmina e lamínula e realizar a contagem por campo. Examinar de 10-15 campos em objetiva de 40x.
CRISTAIS URINÁRIOS
A presença de cristais urinários está associada ao pH urinário e á litíase renal, bem como ao uso de drogas na terapêutica. Mudanças no regime alimentar promovidas pela industrialização dos alimentos mais ricos em proteínas e sais pode induzir a formação dos cálculos urinários.

Urina Ácida: Ácido úrico, urato amorfo, oxalato de cálcio, biurato de amônio.

Urina Alcalina: Fosfato amorfo, fosfato de cálcio, fosfato triplo.

Cristais anormais: Leucina, tirosina, cistina, bilirrubina, colesterol .

Uso: diagnóstico de síndromes mielomatosas.

A PROTEÍNA DE BENCE JONES é uma imunoglobulina. É produzida em grande quantidade, excedendo a capacidade de metabolismo pelo rim, com conseqüente perda pela urina. A produção prolongada desta proteína leva a uma lesão tubular com insuficiência renal. Sua presença pode ser detectada também em percentuais variáveis, na amiloidose primária. A técnica eletroforética é o método de escolha para a identificação desta proteína, visto que, tomando como exemplo o mieloma múltiplo, 70 a 80% dos casos podem ser identificados com a sua utilização, contra apenas 50% dos casos com a utilização do método de aquecimento. Normalmente as outras proteínas coagulam ao calor e assim permanecem. A proteína de B. J. coagula a uma temperatura entre 40 – 60ºC e se dissolve quando a T atinge 100ºC.

Caracteriza-se por perda urinária de PROTEÍNA NA POSIÇÃO ORTOSTÁTICA, mas excreção normal de proteína quando o indivíduo está deitado. Para o diagnóstico desta condição, coletam-se duas amostras: toda a urina, desprezando-se a primeira micção matinal, até o momento do paciente se recolher para dormir, e outro recipiente com a primeira micção matinal. Dosa-se a proteína presente nas duas amostras. Nos casos de proteinúria ortostática, a amostra colhida durante o período de atividade mostra proteinúria enquanto que a amostra colhida pela manhã tem pouca ou nenhuma proteína.
A proteinúria ortostática ocorre depois que a pessoa fica muito tempo em pé e desaparece quando à pessoa se deita. Acredita-se que isto seja devido ao aumento da pressão sobre a veia renal de quando está de pé. O procedimento neste caso é pedir a pessoa que colha amostra imediatamente após se levantar pela manhã e outro após o período em que ficar de pé e compara-se os dois resultados.

domingo, 30 de maio de 2010

Farmacologia cont...

Antibióticos -São substancias produzidas por microorganismo (em geral cogumelos e bactérias) capazes de interagir com outros microorganismo (em geral bactérias) matando-as ou inibindo o metabolismo e sua reprodução.
Quimioterápicos - São substancias produzidas por químicos, capazes de interagir com outros microorganismos matando-as ou inibindo o metabolismo e sua reprodução.
Histórico dos antibióticos - Durante toda a evolução da humanidade temos os relatos de várias tentativas do uso de substâncias e materiais com a intenção de secar lesões supurativas, curar febres, melhorar as dores etc.
Historia dos antibióticos- Primeira era 1619 - Alcalóides usados para tratamento de malaria e desinteria.
Ex : Cinchona, Ipecacuanha e quinino
1860 – Joseph Lister usou o fenol para esterilização de materiais cirúrgicos.
1889 – Inicio do comércio de extrato de pseudomonas, penicillium e aspergillus como substancias antimicrobianas.

Historia dos antibióticos - Segunda era 1909 – uso de salvarsan composto sintético para tratamento de tripanossomos e outros protozoários.
1910 – produzido o composto arsênico chamado de 606 contra treponema. Obs : O pensamento da época era que os antibióticos era susceptíveis a protozoários e não a bactérias.
A definição de que antibiótico era extraído apenas de microorganismo foi destruído com a produção de compostos sintéticos.
Terceira era 1940 – substituição do 606 pela penicilina e surgimento do prontosil ( sulfonamida ).
Foi considerado a era moderna na época, pois obteve controle de infecções por estreptococcus e pneumococcus.

Resumo histórico –
1619 alcaloides ( quinino );
1860 fenol para esterilização;
1889 extrato de pseudomonas, penicillim e aspergillus;
1909 salvarsan para tratamento de tripanossomas;
1910 composto arsenico 606;
1929 descoberta da penicilina;
1940 substituição do 606 pela penicilina;
1940 descoberta do prontosil ( sulfonamida )
1961 já existiam 513 antibióticos
Atualmente existem cerca de 8000
Mais de 3000 substancias com atividade antibiótica como algas e plantas.
123 são produzidas por fermentação
Mais de 50 são semi sintético
3 completamente sintético (cloranfenicol)

A NOSSA ERA - Era da resistência microbiana. Pesquisa para surgimento de novos antibióticos.
Grupos de antibióticos - Beta lactamicos; Aminoglicosideos; Macrolideos; Lincosamidas; Quinolonas; Tetraciclina; Cefalosporinas; Polimixinas.
Beta lactamicos- Compreendem um grupo grande de antibióticos entre elas estão as penicilinas, ampicilinas e amoxacilinas.
São conhecidos como beta lactâmicos por apresentarem em sua estrutura química um anel beta lactâmico.
Aminoglicosideos – Gentamicina; Amicacina – é o maior espetro de ação pois não sofrem inativação por enzimas. Netilmicina; Tobramicina
Pouca atuação em bactérias gram positivas.
Excelente atuação em gram negativos
Toxicidade e interação com outras drogas – Neurotoxicos; Nefrotoxicos.
As penicilinas podem inativar os aminoglicosideos.

Macrolídeos- Representantes : Eritromicina; Azitromicina; Claritromicina; Espiramicina; Miocamicina; Roxitromicina.
Excelente atuação em gram positivos.
Mycoplasma peneumoniae, legionela sp, chlamydia sp, Corynebacterium sp.
Lincosamidas- Lincomicina; Clindamicina
Boa atuação em gram positivos. Seu mecanismo de ação é semelhante ao dos macrolideos. Podem causar náuseas, vômitos e colites.
Quinolonas - Representações : Ciprofloxocina, norfloxacina, lemofloxacina, ofloxacina e pefloxacina. Excelente atuação contra gram negativos e gram positivos. Apresentam reações adversas como náuseas , vômitos e cefaléia devido ao aumento da pressão intracraniana.
Tetraciclinas - Representantes: Tetraciclina, doxiciclina, minociclina e oxitetraciclina. Boa atuação em clamydia sp, neisseria sp, mycoplasma pneumoniae e brucela sp.

Cefalosporinas - São classificadas em :1° geração; 2° geração; 3° geração; 4° geração
1° geração - Boa atividade sobre cocos Gram positivos, os Enterococos apresentam resistência. Atividade sobre os bacilos Gram negativos limitada a E. coli, P. mirabilis e K. pneumoniae
Ex : Cefalexina, cefadoxil, Cefalotina e cefazolina
2° geração - Cefuroxima = Atividade sobre cocos Gram positivos semelhante as de 1a geração. Maior atividade sobre Gram negativos que os de 1a geração. Ativo sobre H. influenzae beta-lactamase positivo e S. pneumoniae.
Cefamicina = Apresentam menor atividade sobre Gram positivos, atuam sobre Gram negativas, porém a principal característica é a excelente atividade sobre anaeróbios, principalmente Bacteróides.
Ex : Cefuroxima, cefaclor, cefoxitina, cefuroxime

3° geração - Boa atuação em gram negativo e em gram positivo, porem menor que as cefalosporinas de 1° geração. Ex: Cefotaxima; ceftazidima; Ceftizoxima; Ceftriaxona; Cefoperazona.
4° geração - Boa atividade sobre Gram positivos e negativos. Ex : Ceftiofur.
Polimixinas - Antibiótico extraído do bacilus polymyxa de caracteristicas polipeptidicas.
Existem 11 tipos de polimixinas (representados por letras )
Ex : Polimixina B e E
Boa atuação em bactrérias gram negativo.

sábado, 1 de maio de 2010

Farmacologia

Ciência que estuda as drogas sob todos os aspectos farmacodinâmicos e farmacocinéticos.
Fármacos = Estrutura química conhecida que tem propriedades de modificar uma função fisiológica já existente.
Medicamento = Fármacos com propriedade benéficas comprovada cientificamente.
Obs: Todo medicamento é um fármaco mas nem todo o fármaco é um medicamento.
Ex : Erythroxylon coca ( fármaco e ou droga )
Propanolol ( medicamento ).
Drogas : modifica a função fisiologia com ou sem intenção benéfica.
Remédio : qualquer substancia ou procedimentos usados para efeitos benéficos. Ex : substancias químicas, acupuntura, fé ou crença.
Placebo : uso de “medicamentos” sem princípios ativos usado com intenção benéfica para aliviar o sofrimento.
Nocebo : efeito contrário do placebo, piorando a saúde.

Farmacodinâmica: estuda os efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seu mecanismo de ação.
Farmacocinética: estuda o caminho percorrido pelo fármaco .
Farmacoterapia (assistência farmacêutica): orientação do uso racional de medicamentos.
Fitoterapia: uso de fármacos vegetais (plantas medicinais).
Farmacotécnica: arte do preparo e conservação do medicamento em formas farmacêuticas.
Biodisponibilidade : é a fração da droga não alterada que atinge seu local de ação após administração por qualquer via.
Principais reações adversas das drogas – Hepatotoxicidade; Nefrotoxicidade; Neurotoxicidade; Mutagênese e Carcinogênese; Respostas alérgicas

Vias de Administração de Medicamentos

Via oral - Absorção intestinal; Absorção sublingual
Via Parenteral - Via intradérmica; Via subcutânea; Via intramuscular; Via endovenosa.
Via inalatória – instilação ou inalação; Via otológica; Outras vias – Retal; Ocular; Dérmica.
Via Oral - Absorção sublingual; São colocados debaixo da língua para serem absorvidos diretamente pelos pequenos vasos sangüíneos; A via sublingual é especialmente boa para a nitroglicerina, que é utilizada no alívio da angina (dor no peito), porque a absorção é rápida e o medicamento ingressa diretamente na circulação geral, sem passar através da parede intestinal e pelo fígado; A maioria dos medicamentos não pode ser administrada por essa via, porque a absorção é, em geral, incompleta e errática.

Administração Enteral (oral) - a ingestão é o método mais comum de prescrição de um fármaco; Vantagens: mais seguro; mais conveniente; mais econômico. Desvantagens: irritação da mucosa ;gástrica; interferência na digestão; dificuldade de deglutir.
Via Parenteral - Pode ser dividida em diversas vias de administração, considerando como as mais importantes: Intradérmica; Subcutânea; Intramuscular; Intravenosa
Utiliza-se agulhas, seringas e medicamentos esterilizados, seguindo técnicas padronizadas;
Vantagens: a disponibilidade é mais rápida e mais previsível. No tratamento de emergências.
Desvantagens. Pode ocorrer uma injeção intravascular acidental, pode vir acompanhada de forte dor e, às vezes, é difícil para um paciente injetar o fármaco em si mesmo se for necessária a automedicação. Alto custos
Via Intradérmica- Via restrita - Pequenos volumes – de 0,1 a 0,5 mililitros; Usadas em reações de hipersensibilidade - Provas de PPD; Provas alérgicas; Aplicação de vacinas: BCG

Via Intradérmica - Local mais apropriado: face anterior do antebraço; Pobre em pelos; Possui pouca pigmentação; Possui pouca vascularização; Ter fácil acesso a leitura.
Via Subcutânea - A medicação é introduzida na tela subcutânea / hipoderme; Absorção lenta, através de capilares, ocorre de forma contínua e segura; O volume não deve ultrapassar 03 mililitros; Usada para administração Vacinas (rábica e sarampo); Anticoagulante (heparina); Hipoglicemiantes (insulina).
Complicações Infecções inespecíficas ou abscessos; Formação de tecido fibrótico; Embolias – por lesão de vasos e uso de drogas oleosas ou em suspensões; Lesão de nervos; Úlceras ou necrose de tecidos

Via Endovenosa - Via muito utilizada, com introdução de medicação diretamente na veia.
Local apropriados - Melhor local: face anterior do antebraço (lado esquerdo); Membros superiores; Evitar articulações
Indicações - Necessidade imediata de ação; Grandes volumes – hidratação; Coleta de sangue para exames .
Tipos de medicamentos injetados na veia - Soluções solúveis na veia; Líquidos hiper, iso ou hipotônicos; Sais orgânicos; Eletrólitos; medicamentos - Não oleosos - Não deve conter cristais visíveis em suspensão.
Tipos de agulhas - As agulhas são de vários comprimentos e calibres; A escolha do calibre de uma agulha é de acordo com a via, medicamento, faixa etária e peso do paciente.
Agulhas disponíveis no mercado: 10x5, 10x6, 13x4,5, 20x5, 20x6, 25x7, 25x8, 30x8, 40x7, 40x12.
Guia de estudo de: Dacio Rosas Guimarães

Cont. Hematologia/ hemograma

O que é Anemia Macrocítica? Quais suas principais causas?
Anemia megaloblástica, alcoolismo, uso de certas medicações; Anemia megaloblástica' é uma anemia (macrocítica de classificação) que resulta da inibição da síntese de DNA na produção de glóbulos vermelhos. Isto é frequentemente devido à deficiência de vitamina B12 e/ou ácido fólico.
Anemia macrocítica normocítica. É uma deficiência medular da Stem Cell de causa variada. Apresenta pancitopenia no sangue periférico e substituição das células da Medula óssea por tecido gorduroso.
Como a Anemia Macrocítica é classificada?
Anemia Macrocítica Normocrômica; Anemia Normocítica Normocrômica; Anemia Microcítica Hipocrômica.
O que é Anemia Hemolítica?
São causadas por excessiva destruição das hemácias circulantes
Em conseqüência de diversas alterações, frequentemente hereditárias, um organismo pode produzir hemácias com anomalias diversas, inclusive da membrana celular, que as tornam particularmente frágeis e permitem que se rompam com facilidade, ao passar pelos capilares. Nessas condições, mesmo quando o numero de eritrócitos e normal,pode ocorrer anemia, porque o período de vida útil das hemácias e muito curto.

Como são classificadas as Anemias Hemolíticas?
Congênita
- Anormalidades da membrana; Hemoglobinopatias; Deficiência enzimática.
Adquirida - Induzida por anticorpos (auto-imune); Reação transfusional; Fragmentação mecânica.
O que é Esferocitose Hereditária?
As hemácias tem a forma esférica, ao invés de discóides. Essas células não tem a estrutura da membrana normal dos discos bicôncavos e não podem ser comprimidas, rompendo-se com muita facilidade.
O que é Hemoglobinúria Paroxística Noturna? Qual a etiologia da doença e os exames laboratoriais indicados ao diagnóstico?
É uma anemia hemolítica crônica causada por um defeito na membrana das hemácias. Caracterizada pela presença de hemácias na urina (hematúria).
Testes Específicos: Teste de HAM; Teste da Sacarose; Citometria de fluxo; Eletroforse de Hemogolbina; Teste de Coombs direto; Teste de G6PD.
Testes não específicos: Hemograma; Reticulócitos; Hemoglobina, Bilirrubina total e Livre; Haptoglobina.

O que é Deficiência de G6PD? Qual a etiologia da doença e os laboratoriais indicados ao diagnóstico?
A deficiência de G6PD é um distúrbio hereditário recessivo ligado ao cromossoma X e cujo principal efeito é a redução de G6PD nas células vermelhas do sangue, resultando em hemólise e anemia, ou aguda (hemolítica) ou crônica (esferocítica).
O diagnóstico pode ser realizado através da medida da atividade da enzima G6PD. O tratamento é baseado na prevenção das crises de hemólise e hiperbilirrubinemia e na correção da icterícia e da anemia.
Qual a etiologia da Anemia Hemolítica auto-imune?
Distúrbio resultante de uma anormalidade do sistema imune que destrói os glóbulos vermelhos prematuramente. A causa é desconhecida.

Qual a constituição do hemograma?
Os parâmetros habitualmente avaliados são:
Contagem dos glóbulos brancos: revela o número de glóbulos brancos ou leucocitos num dado volume de sangue.
Fórmula leucocitária: mostra a percentagem respectiva de cada uma das categorias dos glóbulos brancos num dado volume de sangue. Os glóbulos brancos podem dividir-se em neutrófilos, linfócitos, monócitos, eosinófilos e basófilos.
Contagem dos glóbulos vermelhos: revela o número de glóbulos vermelhos ou eritrócitos num dado volume de sangue.
Hemoglobina: exprime a quantidade de hemoglobina num dado volume de sangue.
Hematócrito: significa a percentagem do volume de glóbulos vermelhos relativa ao volume total de sangue.
Volume globular médio: corresponde ao volume médio do glóbulo vermelho. Este valor é dado pela razão do hematócrito e o número de glóbulos vermelhos.
Hemoglobina globular média: demonstra a quantidade de hemoglobina contida num glóbulo vermelho. Este valor é determinado pela razão da hemoglobina e o número de glóbulos vermelhos.
Concentração da hemoglobina globular média: representa a concentração média de hemoglobina de um dado volume de glóbulos vermelhos. Este valor é calculado pela razão da hemoglobina e o hematócrito.
Contagem de plaquetas: revela o número de plaquetas num dado volume de sangue.

Qual a importância do estudo do hemograma?
Um hemograma completo é o exame mais solicitado do pelos médicos devido à informação preciosa que fornece. O hemograma consiste no cálculo dos elementos figurados (celulares) que compõem o sangue e os cálculos dos índices eritrocitários, isto é, indicadores sobre o tamanho e constituição dos glóbulos vermelhos a partir do doseamento da hemoglobina e do hematócrito. Estes cálculos são geralmente determinados por aparelhos electrónicos que analisam os diferentes componentes do sangue. Estes contadores são rápidos e fiáveis.
Qual o anticoagulante de escolha do setor de hematologia?
EDTA (Tampa Roxa): atua em nível do íon cálcio (seqüestrador) Principal uso: Hematologia.
CITRATO DE SÓDIO (Tampa Azul): captação dos íons cálcio Principal uso: estudos da coagulação
FLUORETO DE SÓDIO com EDTA (Tampa Cinza): captação dos íons
cálcio, e inibição da glicose principal uso: glicemia.
EDTA COM GEL: principal uso Carga viral para HIV