sábado, 17 de abril de 2010

UROANÁLISE

O exame rotineiro de urina é um método simples, não-invasivo, capaz de fornecer uma variedade de informações úteis em relação a patologias envolvendo os rins, o trato urinário e, por dados indiretos, algumas patologias sistêmicas.
Coleta: após assepsia da área genital, desprezando-se o 1º jato e colhendo-se o jato intermediário, de preferência a 1º urina da manhã
Manipulação: deve ser analisada dentro de 2 horas ou ser refrigerada
Volume: 600 – 2.000 mL/dia.
Útil nos exames de triagem para detectar anormalidades evidentes

Pode conduzir resultados errados devido à ingestão de alimentos, medicamentos e atividade física.

PRIMEIRA AMOSTRA DA MANHÃ
Amostra ideal para o exame de rotina ou tipo I, é uma amostra concentrada o que garante a detecção de substâncias e de elementos figurados que podem não estar presentes nas amostras aleatórias mais diluídas
AMOSTRA DE 24 HORAS
Indicada quando a substância a ser medida varia ao longo do dia. Ex: proteinúria.
Coleta: Desprezar a primeira urina do dia, e passar a coletar as demais durante as 24 horas do dia em frasco apropriado. Manter sob refrigeração
Importante: o paciente deve ser suficientemente hidratado durante o período de coleta.

ANÁLISE FÍSICA URINA

São analisados os seguintes analitos: Aspecto; Cor; Densidade; Odor;Volume.
Aspecto: límpido
Turvo: pode indicar a presença de leucócitos, hemácias, células epiteliais e bactérias.
Cor: Amarelo citrino, amarelo claro, amarelo ouro
Rosada: hemácias
Vermelha: hemoglobina / mioglobina
Laranjada: bilirrubina
Incolor: poliúria / diabetes
Verde: Provável infecção por Pseudomonas, medicação ou ingestão de corantes

Densidade: 1.010 - 1.030
Ajuda a avaliar a função de filtração e concentração renais, bem como o estado de hidratação do corpo.
Densidades diminuídas (até 1.001): insuficiência renal crônica,diabetes insipidus e hipertensão maligna.
Densidades elevadas (até 1.040): desidratação, diarréia, vômitos, febre, diabetes mellitus, Glomerulonefrite, insuficiência cardíaca congestiva, insuficiência supra-renal, proteinúria.
A densidade urinária fornece informações importantes e pode ser facilmente obtida com o uso do urodensímetro, refratômetro ou tiras reativas.
Urodensímetro: Constituído por uma bóia com peso ligada a uma régua calibrada em termos de densidade urinária

Urodensímetro: Constituído por uma bóia com peso ligada a uma régua calibrada em termos de densidade urinária.
A principal desvantagem é que ele exige grande volume de amostra (15 a 50 mL), o recipiente no qual o urodensímetro flutua deve ser grande para permitir a flutuação.
Refratômetro: Determina a concentração das partículas dissolvidas na amostra por índice de refração. Esse índice é a comparação da velocidade da luz no ar com a velocidade da luz na solução.
Odor: Sui generis (odor normal)
Doce ou de frutas: Diabetes (corpos cetônicos)
Amoniacal: infecção bacteriana
Pútrido ou fétido: Provável infecção urinária

Volume: O volume da urina depende da quantidade de água excretada pelos rins, esse parâmetro pode ser influenciado por diversos fatores como ingestão de líquidos, perda de líquidos por fontes não-renais (desidratação, vômitos, queimaduras graves, diarréia), variações na secreção do hormônio antidiurético (ADH) e necessidade de excretar grandes quantidades de glicose e sais.
ANÁLISE QUÍMICA URINA
São analisados os seguintes analitos:
Cetonas ou corpos cetônicos; Bilirrubina; Urobilinogênio; Glicose; Nitrito; Leucócitos; Proteína; Densidade; pH; Hemácias.

ANÁLISE QUÍMICA URINA

O exame da urina tipo I ou de rotina mudou muito desde as tiras reativas começaram a ser empregadas para sua análise bioquímica. Atualmente essas tiras são meios simples e rápido de realizar 10 ou mais análises bioquímica clinicamente importantes.
As tiras reativas constituem-se em pequenos quadriculadas de papel absorventes impregnados com substância químicas presos a uma tira de plástico.
A reação química que produz determinada coloração se dá quando o papel absorvente entra em contato com a urina. As cores resultantes são interpretadas comparando-se com uma tabela de cores fornecidas pelo fabricante.
As tonalidades das cores podem inferir um valor semi quantitativo (traços; +;++;+++;++++). Há também uma estimativa em mg/dl para algumas áreas.

Cetonas: negativo
Aparece quando o uso de carboidratos fica comprometido e os estoques de gordura são metabolizados para gerar energia (jejum prolongado), vômitos, diarréia, desidratação.
Bilirrubina: negativo
Valores elevados indicam doenças hepáticas e biliares, obstruções biliar, neoplasias hepáticas, cirrose, hepatite
Urobilinogênio: negativo
Indica a presença de processos hemolíticos, disfunção hepática
Glicose: negativo
Causada tanto pelo diabetes mellitus como por doenças renais que afetem a reabsorção tubular (nefropatia tubular avançada) e nos quadros de hiperglicemia, Síndrome de Fanconi, gravidez com possível diabetes mellitus latente

Nitrito: negativo
Indica infecções do trato urinário. Em caso positivo realizar a urocultura . Pode haver falso negativo
Leucócitos: negativo
A presença indica possível infecção do trato urinário.
Proteína: negativo ( até 10mg/dL)
Falso positivo:urinas muito concentradas e muito alcalinas.
É o principal marcador da doença renal e de sua progressão.
pH: 5,0 - 7,0
Indicador da função tubular renal. Alterado na alcalose ou acidose respiratória ou metabólica, cálculos renais e infecção das vias urinárias.
Urina recém-colhida com pH9,0, pode estar associado á conservação incorreta da amostra

Hemácias: Negativo
A detecção de sangue na urina pode estar presente na forma de hemácias íntregas (hematúria) ou de hemoglobina (hemoglobinúria), que é o produto da destruição das hemácias.
Hematúria: Cálculos renais, doenças glomerulares, tumores, traumatismo, pielonefrite, exercício físico intenso, menstruação e exposição a produtos ou drogas
Hemoglobinúria: Hemólise intravascular, reações transfusionais, anemia hemolítica, queimaduras graves, infecções.
Densidade: 1,010 a 1,030
Estado de hidratação do paciente
Incapacidade de concentração pelos túbulos renais
Diabetes insípidus
Determinação de inadequação de amostra por baixa concentração.

Conteudo estudado para prova de Hematologia curso de Biomedicina.
espero poder ajudar muitas pessoas.

3 comentários:

Cursos EAD disse...

AMEEEEEEEEIIIIIIIII ESTE BLOG!!! PARABÉNS!

Anônimo disse...

muito legal

Márcia Rosita Garcia - Crystal Estética disse...

Ajudou muito! Valew!!!!!

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